Reflexão
Não é apenas porque penso, mas porque acredito.
Não é porque escolhi ou tive oportunidade de escolher; antes de ser escolhido eu senti.
Não é porque quero ou porque me facultam desejos, mas porque eu ouvi — e de muitos testemunhei a verdade.
Não pelo meu testemunho, nem pelas minhas palavras, mas nas vozes que ecoam em meio à dor e ao vazio, na busca do invisível, do inexistente, do apenas acreditável, que se faz presente em toda plenitude de verdade: Deus se revela.
Não pela perfeição de palavras ou ritos de chamada, mas na sinceridade e na comoção de estar nu diante da verdade, sem vestes de mentiras, medos, preconceitos ou gestos de aparência.
É um vazio que se preenche de presença, não de atuação.
É uma verdadeira convivência, e não mera aparência.
É o que está no coração, nas condições humanas, nas nossas falhas e pensamentos que se organizam diante Dele.
A visão de Deus sobre nós não é visão de corpo, mas de coração: um movedor de mentes, formador de convicções, ou simplesmente um propósito sincero que não se esconde da plenitude de Deus.
Não como Adão e Eva, que tentaram ocultar-se.
As aparências não são juízo, mas identidade; não falsidade ou segredo, mas confissão e comunhão em direção ao propósito.
Seja problema, dilema, dúvida ou caminho, diante de Deus sempre somos nós — frágeis e verdadeiros.
Assim creio em Jesus Cristo: não apenas pela história, não apenas pelas visões equivocadas entre as pessoas, mas pela realidade.
Todos O conhecem, mas ainda assim lhes falta quebrantamento, porque o coração é uma pedra que insiste em esconder-se de Deus.
Mas Ele vê.
Ele lança sobre nós a sorte e o propósito do encontro.
Jesus é o Filho de Deus porque a profecia se cumpriu.
Mesmo em meio às contradições humanas, eu aceito a glória de um Deus que deu tudo, que morreu por mim, que se rendeu, e mesmo assim é, porque ressuscitou da morte e cumprirá Seu propósito.
Enfim, acredito.
Pois estou numa trama onde meu papel é acreditar ou não.
Represento a vontade de Deus no roteiro escrito por Ele, em que crer é seguir em frente, e não crer é assumir o papel de vilão.