Cotidiano de um dia
Às vezes é assim, um momento depois do outro, e o tempo vai se esvaziando. As oportunidades à porta diriam encontrar o amor, mas sob olhos opressores, sinto-me deprimido comigo mesmo, preso entre as loucuras da sanidade. Vivo uma realidade que me influencia, entre minhas loucuras e um desejo de irrealidade. Por mais que eu queira apagar o passado, ainda sou a visão de um louco, deprimido por sentir-me corrompido.
Meu medo é um sentimento estranho, uma euforia total, não aversão. Vejo com coragem e sinto com enfrentamento minhas emoções. Por mais que doa, eu luto. Minha mente, ora fraca, ora forte, me diz que não sou um ser soberano, mas sou capaz de distinguir os sentimentos e o gosto da vida.
E por conhecer um pouco da realidade, estaria disposto a me desesperar ou simplesmente me render — não porque desisti, mas porque foi mais forte do que eu.
Meu apego é uma angústia de esperança: esperando mentes perfeitas, só encontro pessoas tão imperfeitas quanto eu. Imperfeições — onde há imperfeição, existe um caminho que nos torna diferentes, com aptidões e competências variadas. Por mais que ache que sei algo, estou sempre tomando nota.
Não porque quero saber, mas porque quero me aproximar. A sensação de estar próximo traz de volta o sentimento de que a imperfeição nos conduz à verdadeira perfeição, basta apenas reconhecê-la. Eu não estou mais propenso a algo do que alguém, ou vice-versa; estamos apenas nos completando, cada um com sua parte do quebra-cabeça, formando a imagem de um laço que me traz para perto.