Skip to main content

Prática de Compromisso com a Verdade

Chamo de processo de libertação esse ato de crer no caminho, na verdade e na vida.

O caminho é a direção — não aquela em que se chega pela força própria, mas o alvo que todo ser almeja.
A verdade são os ventos que sopram sobre esse caminho: se somos íntegros, o vento nos impulsiona ao objetivo; se mentimos, sopra contra nós, nos atrasando.
E a vida é o propósito de tudo: estar, seguir adiante, existir como oportunidade dada.

Se queremos alcançar o paraíso, precisamos seguir essa trilha. E somente um é essa trilha: Jesus Cristo, o caminho, a verdade e a vida.

Mas diante das escolhas e atos, somos frágeis.
A altivez que nos toma, os impulsos que nos dominam — quantas vezes mentimos?
Mentimos de vergonha, de medo, para ocultar falhas, para minimizar o mal que praticamos.
No fundo, não enganamos ao outro: enganamos a nós mesmos.
Arranjamos desculpas, inventamos histórias, tentamos esconder.
A mentira só tem um objetivo: enganar.
E quem nos confia mais do que Deus?

Esse peso é complexo demais para o coração humano.
Resta-nos apenas dizer: Perdoa-me, Senhor.

Pois, tantas vezes, teria sido melhor o silêncio em vez da meia-verdade.
O silêncio liberta mais do que desculpas frágeis.
E ao confessar, ao abrir o peito, alivia-se a tensão do medo.
Há liberdade em confiar na fidelidade de um Deus que perdoa e educa, que cura nossos erros.

Deus é testemunha fiel de minhas mentiras e enganos, e por isso clamo:
“Não quero mais isso, Senhor, porque está me destruindo.”

E o castigo de Deus não é punição cega — é vara de correção, é amor que disciplina.
As vozes que me repreendem, posso até vê-las como castigo, mas também como libertação.
Porque, afinal, a verdade liberta.

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”

Conhecer a verdade é reconhecer quando faltamos com ela.
E só assim podemos ser livres.

Viver de mentiras é perigoso, porque construímos margens de irrealidade.
Mas quando Deus derruba essas margens, quando a verdade vem à tona, somos libertos da vergonha, do medo, dos castigos que nós mesmos criamos.