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Moderação

Os modos e as ações revelam nossa postura e aparência — algo que parece básico, mas carrega profundidade. Quando alguém nos pergunta: "Como você está?", esse gesto se transforma num exercício de feedback. Pode soar conflitante, ou paradoxalmente, confortante — a ponto de nos fazer desacreditar da simplicidade da pergunta.

Partindo de pressupostos, nossos modos e nossa atuação são formas de encarar o aspecto das relações. Buscar ser nós mesmos implica, muitas vezes, em assumir um único modo de agir. Mas ao propor essas características como centrais, nos condicionamos a uma identidade.

Identidade que é atravessada por nossa posição social, emocional, e que nos leva ao crescimento. Nos molda. Nos protege contra sermos vistos como incoerentes, como alguém que diz duas palavras desconexas.

A gente modera, pondera, equilibra. Modera-se na fala, na atitude, na exposição. Há uma sabedoria silenciosa nisso.
Manter caráter e dignidade — eis um princípio da moderação.
Aplicá-lo no cotidiano é reconhecer limites:
"Já me alimentei o bastante, agora modero."
"Já me expus o suficiente, esse é o meu limite."

E assim, seguimos.