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Diante do Vazio

Às vezes é como estar diante do vazio — e não ver nada,
Cego.
Vivendo daquilo que se ouve, ou se ouviu de alguém na internet.

Em discussões, percebo que um frasco me contém,
Misturado, como se batizado
Pelo acaso ao qual o sentido do desastre me vem como gatilho.
Ativando memórias, envergonhando o decorrer da minha história.

Seria eu apenas parte de histórias contadas,
Das quais me experimentei?
Ou é apenas o embaraço tentando se justificar num fato —
Uma concordância negativa.

E a questão, o que me faz retroceder tanto
Num vazio existencial,
Num delírio entre emoção e razão,
Fazendo de mim coerção involuntária,
Libertando agentes de uma negativa,
Ou me contaminando com a lucidez
De um acorde —
Uma propiciação do meu tempo,
Que me faz juiz e espectador.